Louis Armstrong Park

 - Sim, claro!!  - disse meia atrapalhada pegando na minha mala para que ele tivesse espaço para se sentar depois sorri levemente tentando perceber o que ele queria.

Sento-me e logo me acomodo ao lado da garota. Eu ainda não tinha muito amigos, estava a fim de conhecer algumas pessoas legais. — Ah, me desculpe. Sou Jordan, Jordan Henderson. Prazer. — Falo e estendo minha mão para ela.

- Eu sou a Caroline... Caroline Foster!!  - disse tentando parecer minimamente normal sorrindo simpática e estendendo também a  mão

Aperto delicadamente a mão da Caroline. Desvio meu olhar para alguns patos no lago. Eu nunca fui um dos caras com mais assuntos. Mordo meu lábio inferior e sorrio. — Você mora aqui por perto?—Tento puxar assunto.

- Sim!!  - disse sorrindo olhando depois para onde era a minha casa dali já não a conseguia ver.  - Moro numas casinhas para aqueles lados... E tu?

— Eu moro naquele apartamento. — Aponto para minha residência que não ficava longe. Molho meus lábios ressecados com a língua. Fito meu relógio de pulso e vejo que  faltavam poucos minutos para chegar a hora de eu trabalhar. Suspiro e pego um pedaço de papel e uma caneta do meu bolso e escrevo sob minha coxa. “842-496-246”. — Ahn. Desculpe-me. Eu tenho que ir para o trabalho. Se quiser pode falar comigo mais tarde. — Digo lhe entregando o papel e dizendo adeus com um gesto. Vou para o trabalho, a fim de não me atrasar.

- Somos quase vizinhos!!  - disse de forma simpática rindo levemente voltando depois a olhar o lago. Peguei depois no papel que me deu e pos na mala.  - Não faz mal!! Sim. Falamos mais tarde!! 

Encolhi os ombros. - Opah, vai chatear outra pessoa. - resmunguei com ele.

Encolhi os ombros e ri-me. Ela podia achar que eram tretas, eu sabia que eram verdade - Não me digas que não acreditas em bruxas? Tem cuidado, podem infernizar-te a vida! - disse no gozo.

Revirei os olhos. Já me estava a fartar daquela conversa... - Vais continuar a falar disso ou posso-me ir embora? - perguntei-lhe muito diretamente.

Ok, talvez tinha-me excedido no assunto de conversa. Mas hey, ela estava ali porque queria - podes-te ir embora quando quiseres, eu não te estou a prender - respondi sarcásticamente.

Suspirei começando a ficar um bocado para o irritada com Ash. - Vai para a merda! - respondi-lhe e levantei-me. - Anda Mickey. - murmurei e ele começou a andar ao meu lado.

Ela era um bocadinho disparatada, não? - Vê lá se te acalmas, pá - disse em resposta, pouco importado para as suas asneiras.

Parei no meio do caminho e virei-me para trás. - Obriga-me. - desafiei fazendo um pequeno movimento com a cabeça.

Eu ia ter que responder ao seu desafio. Levantei-me e aproximei-me dela, sem a desfitar. - não me desafies, é pior para ti.

Encolhi os ombros e olhei-o nos olhos por meros segundos. - Achas que tenho medo de ti? - perguntei mesmo como quem queria dizer que não tinha medo nenhum dele.

- Talvez. Pelo menos pareces cautelosa sempre que estás na minha presença - respondi de volta. Ela até que podia ter medo. Devia.

- Enganaste-te, Ash. - murmurei referindo o nome dele e voltei-me de novo destinada a andar para a frente.

Antes que ela saísse dali, agarrei-a pelo braço - Agora vais ter que me explicar no que é que eu me enganei. Não tens medo de mim? Di-lo.

Estremeci ao senti-lo agarrar-me no braço com alguma força.. Fazia-me lembrar o meu pai.. as violações.. tudo! Só esperava que o rapaz não sentisse que tinha começando a tremer quando ele me agarrou. - Não. - disse logo, para ele me largar.

Eu não ia largá-la tão facilmente, não enquanto ela não me respondesse - Agora tens medo de falar? - esbocei um sorriso malicioso.

Voltei a olhar os seus olhos por apenas alguns segundos. - Se tivesse não te tinha respondi. - murmurei e revirei os olhos. Tens de conseguir parar de tremer! pensei para mim mesma, mas não resultava.

- Grande resposta que me deste - comentei irónicamente, resfolgando. Reparei que ela estava a tremer. Também não era caso para tanto, pensei - Se não tens medo porquê que estás a tremer?

Tentei soltar-me dele. - Por nada. - respondi-lhe tentando parecer convincente, mas foi uma tentativa sem sucesso.

Ri-me ligeiramente - Não mentes muito bem, Savannah - informei, a gozar com ela.