Rua

- Darley nao tenhas medo de mim - virei.me para ela e comecei a dar passos pequenos para me aproximar - eu nao te vou fazer mal - eu ja tinha voltado ao meu estado humano. os olhos arrepiantes e as presas ja nao eram visiveis

- Darley eu nao te vou fazer mal - garanti e limpei a minha mao suja - eu vim aqui para te salvar. - dei um pequeno passo na sua direçao - esta tudo bem

- Deixa.me levar.te para casa. Tens de ir limpar o pescoço e a camisola, va la - dei outro passo - eu nao te vou magoar, eu estou a tentar proteger.te

- Não me obrigues a compelir.te - pedi, enquanto me aproximava - eu so quero ajudar.te, foi tudo o que fiz ate agora. nunca te magoei pois nao ?

- vem comigo e eu explico.te tudo - pedi, ficando frente a frente com ela - nao te vou magoar, ja o podia ter feito desde o 1º dia - estiquei a mao para ela me dar a dela

- Vamos mais rapido se pegares na minha mao e subires para as minhas cavalitas - sugeri - é por rapidez e facilidade - pus.me de costas para ela e baixei.me

Depois da nossa saida em grupo cada uma seguiu o seu caminho, já estava de noite e ainda por cima tinha de ir a pé até casa. Segui por uma rua com pouco iluminação, estava com um pouco medo e tinha a sensação que alguém me estava a seguir.

Quando virei numa esquina deparei-me com alguém muito familiar. Parei e olhei melhor para a pessoa, era o idiota que matou a minha irmã. Uma onda de raiva apoderou-se de mim e sem querer saber dos perigos que me estava a expor fui direito a ele.
- Seu estúpido. - disse-lhe dando-lhe um estalo. - Mataste a minha irmã.
Como ele não estava à espera daquilo ficou espantado por me voltar a ver e agarrou-me na mão com um pouco de força.
- Ela que não me traisse. - disse ele de um forma arrogante.
- Não sejas otário, ela nunca te traiu. - disse-lhe dando-lhe um pontapé. - Larga-me! - gritei.
- Não me parece agora vou divertir-me um pouco com a irmazinha daquela vadia. - disse agarrando-me as duas maos e apertando-as com bastante força. Dei um grito de dor.
- Não fales assim da minha irmã! - disse-lhe com lágrimas nos olhos.

- Não vou deixar. Mas a final de contas quem é que pensas que és? - perguntou ele olhando para o rapaz que tinha falado.
- Ajuda-me. - pedi-lhe tentado libertar-me.
- Não vai ajudar nada, nunca acabei o assunto que tinha com a tua irmã e com ela já não está cá levas tu. - disse ele cerrando os punhos e acabando por me dar um soco o que fez com que eu caisse no chão a começando a sangrar pelo nariz.

Quando cai no chão depois de me ter dado um soco levei a minha mão ao meu nariz e de seguida olhei para ele e para o rapaz.
Não percebi muito bem o que é que o rapaz fez ou disse mas reparei que o tinha conseguido parar fiquei mais aliviada por isso, mas ao mesmo tempo intrigada. Tentei levantar-me.

- Sim, acho que sim. - disse-lhe olhando-o e levantando-me com a sua ajuda. - Salvaste-me a vida... - disse-lhe lembrando-me da minha irmã e o que ele lhe fez, começando a chorar e abraçando-o assim do nada. Não sabia porque o tinha feito.

- Obrigada. - disse-lhe olhando-o. - Só quero sair daqui... Mas antes diz me uma coisa, como conseguiste para-lo? - perguntei-lhe, tinha ficado curiosa.