Bowling

Pisquei os olhos.
- Não sei o que queres dizer com isso, Salvatore. Não estou a tentar fazer nada. - encolhi os ombros e sorri, seguindo-o com o olhar.
Mordi o lábio inferior quando vi que não acertou em todos e peguei na minha coca cola que já estava quase no fim.
- Então Salvatore, o que aconteceu? - perguntei.

- Estou a tentar deixar-te ganhar, Bilson. É que mesmo assim, eu continuo à tua frente - Desculpei-me logo, encolhendo igualmente os ombros - Ou será que a tua distração está a resultar? - Questionei quando já estava perto dela, próximo do seu ouvido e num tom baixo, beijando-a depois.

Ri-me e mordi-lhe o lábio inferior com alguma força.
- Aposto que está a resultar. - provoquei, piscando-lhe o olho e fui jogar.

Sorri quando me mordeu o lábio e depois fiquei a observá-la enquanto caminhava, afastando-se de mim, para ir jogar - Não tenhas tantas certezas! - Disse num tom alto, para que me ouvisse, ainda com um sorrisinho estampado.

Encolhi os ombros e olhei-o por cima do ombro.
- Não te preocupes, eu sei bem que te consigo afetar. - pisquei-lhe o olho e lancei.

- Hmm, estamos muito convencidos hoje! - Afirmei, olhando depois para o lado, ficando quieto como uma estátua, e mais atento do que nunca. Respirei fundo e mordi o lábio.

Acertei em quase todos e, na segunda tentativa, não acertei em nenhum.
Virei-me para ele e arqueei o sobrolho.
- Já andas a olhar para outras? - cruzei os braços.

- Neste caso são outros que estão a olhar para ti - Afirmei, colocando rodeando a sua cintura com o braço, puxando-a para mim. Continuei a olhar o grupinho de rapazes que insistiam em olhar para ela.

Abanei a cabeça.
- Estás a imaginar coisas. Vai lá jogar. - apontei a pista e beijei-lhe a bochecha. - Vou pedir mais coca cola. Também queres? - perguntei, afastando-me.

Temos que arranjar problemas no paraíso e.e

Ergui o sobrolho quando ela disse aquilo.
- O quê? Não, eles estão a olhar para ri - Suspirei pesadamente. - Coca-Cola não... Uma bebida alcoólica qualquer, se faz favor, princesa - Afirmei, voltando a olhar para os rapazes enquanto me aproximava da pista.

Sim, muitos que é para coise o.o

Revirei os olhos.
- Não sejas teimoso.
Assenti, encolhendo os ombros e peguei nos copos vazios, dirigindo-me até ao balcão. Quando lá estava, pedi uma coca cola para mim e algo com alcool para ele (decide o quê), voltando depois para junto da pista.

Ideias?

Joguei meio sem pensar mas lá acertei nos pinos todos. Quando voltei ela estava de volta com as minhas bebidas. - Hmm, whisky. Boa escolha. Obrigada, amor - Murmurei e peguei no meu copo, bebendo um pouco. - Estavas a falar a sério? Quando disseste que não está ali ninguém.

Nem por isso o.o E tu?

Sorri-lhe e depois encolhi os ombros face à sua pergunta, assentindo levemente.
- Os únicos rapazes que aqui estão não estão do lado para o qual tu olhaste e nenhum está ou estava a olhar para mim. - acabei por dizer, pousando o meu copo e indo fazer a minha última jogada.

Ele podia começar a ficar com alucinações, porque podia já não alimentar-se propriamente à algum tempo... Idk

- O quê? - Olhei-a muito confuso, voltando a olhar para lá. Mas eles estão lá! Suspirei e acabei por beber o resto do meu whisky de uma vez só, indo jogar depois dela.

Por mim pode ser :3

Encolhi os ombros levemente.
- Deves apenas estar cansado e a imaginar coisas com esse teu interior ciumento e possessivo. - brinquei com ele.

- Cansado? - Ergui o sobrolho e suspirei - Eu juro que os vejo ali amor, sentados naquela mesa, a olharem para ti com um sorriso estúpido que me está a deixar fora do sério - Voltei a olhar, algo furioso. Eu, cansado? Eu, híbrido que nunca se cansou, ficar agora cansado?

Voltei a olhar na mesma direção que ele.
- Stefan, olha... Não está ali ninguém. Pensa... Porque estaria uma mesa no meio de uma pista? Stefan... - suspirei.

Passei a mão pelos cabelos e suspirei - Eu devo de estar a ficar maluco, só pode... - Murmurei, olhando depois em redor. Vi uma família a entrar no estabelecimento, e quando respirei fundo senti o cheiro do sangue dos miúdos. Fechei os olhos para não verem e suspirei. E só agora é que me apercebi que estou para lá de esfomeado, aparento certamente cansado, e mais pálido. Oh não... Se me dá uma crise daquelas..

Aproximei-me dele e coloquei uma mão sobre a sua face.
- Stefan, estás bem? - perguntei-lhe em voz baixa ao vê-lo de olhos fechados. - Vamos para casa? - voltei a perguntar.

- Estou faminto - Afirmei baixinho, suspirando - Sim, mas tenho de ver se é seguro voltarmos, não quero que nada te aconteça. E eu preciso de sair de locais públicos...

Engoli em seco e assenti levemente.
- Podemos ir para minha casa, eles devem andar a rondar a tua. - disse-lhe baixinho e passei-lhe o polegar pelo lábio inferior. - Vamos. - sorri-lhe levemente.

- Desculpa - Disse baixinho, segurando depois a sua mão, saindo daquele local o mais depressa possível.

Encerrado.