Hospital

Apercebi-me que aquela teria sido talvez a primeira vez que o via sorrir. Era estranho, mais uma vez, tinha a sensação de que nem era a mesma pessoa. - Não tens que agradecer. - assegurei. - Vai beber mais um pouco, conta com isso, mas mais cedo ou mais tarde vai aprender a lição. Ri novamente com naturalidade e olhei o relógio. - Está na minha hora de almoço. - disse ponderando se o devia convidar para vir ou não. - Queres vir? - arrisquei, já esperando uma resposta negativa.

- Surpreendeu-te porque tu és muito generalista e pessimista. - ri-me. - Estás sempre à espera que o pior aconteça. E está sempre à espera que todos os da minha espécie tenham más intenções. - disse numa espécie de desabafo.
Eu não gostava que todos pensassem mal dos lobisomens. Todos nos viam como o inimigo mas não sabiam o quanto alguns de nós sofriam.
A sua resposta deixou-me estupefacta, não estava mesmo nada à espera que ele aceitasse.
Sorri-lhe e levantei-me tirando a bata e pegando na minha mala. - Queres ir onde?

- Fico feliz por ter contribuído para a tua salvação. - ri-me mais descontraída. Finalmente a zanga tinha acabado e isso fazia-me sentir muito mais aliviada. - Vamos ao restaurante mais próximo então. - disse saindo dali com ele.

Encerrado

Fui com ele até ao hospital, senti-me algo cansada com o caminho - Sim, encontramo-nos em casa se não tiver de te ligar - dei.lhe um leve beijo e entrei no hospital

Sentei-me na sala de espera, sentindo o ar a faltar-me. As costelas doiam-me e o bebé estava a mexer-se muito. Fui chamada para a consulta e foi quando fui apanhada de surpresa por dois batimentos cardiacos. Os meus olhos encheram-se de lágrimas quando o médico disse que iam ser dois gémeos, um menino e uma menina. Quais é que eram as probabilidades disso acontecer ? Estava de saida para o meu apartamento quando fui abordada por dois homens que me arrastaram com eles. Tentei lutar contra as suas maos mas era inutil, eles eram mais fortes e eu estava cansada e começava a ficar fraca.

*Lia Off*
Jean entrou com Lia ao colo na hospital e logo veio uma enfermeira ao ver o estado da rapariga.
- Mas o que é que lhe aconteceu? - perguntou a enfermeira olhando para a rapariga desmaiada. A enfermeira pegou rapidamente numa maca livre e disse-lhe para que ele a deitasse ali. Depois voltou a olhar para o rapaz, que também não parecia muito bem. - Sente-se bem? - perguntou a enfermeira. - Quer um copo de água com açúcar ou alguma coisa assim?

*Lia off*
Depois do rapaz colocar a rapariga na maca, a enfermeira começou a empurrar a maca para dentro do hospital e chamou imediatamente um médico. Passado algum tempo o médico chegou e observou a rapariga.
- O que é que lhe aconteceu? - perguntou o médico pegando numas compressas e começou a limpar o sangue à volta da sua cabeça.
A enfermeira encolheu os ombros e limitou-se a olhar para a rapariga e ajuda-lo. O médico tratou do corte da rapariga e, em seguida, colocou-a a soro para que hidratasse, pois tinha perdido muito sangue. A enfermeira levou-a para um local mais calmo, deixando-a lá e voltando para a receção.

Spoiler:

*Lia off*
- Sim. Agora ela tem que ir fazer uma radiografia para ver se está tudo bem. - disse a enfermeira. - Você é que não me parece estar muito bem.
Uma outra enfermeira levou a rapariga até à sala das radiografias. Passado pouco tempo a rapariga saiu de lá e voltou para o mesmo local onde estava antes.

*Lia off*
- Sim, podes. Já deve ter ido feito a radiografia. - disse a enfermeira levantando-se da cadeira e indicando-lhe o caminho. - Ela deve estar quase a acordar. - disse a enfermeira quando chegou perto da rapariga.

*Lia Off*
- De nada. - disse ao rapaz e sai do quarto, voltando para a receção.

*Lia*
Senti-a me bastante mal e doía-me a cabeça. Abri os olhos devagarinho e olhei em volta. Assustei-me um pouco ao ver que não estava em casa, mas só depois percebi que estava no hospital. Virei-me ligeiramente para o lado e reparei que estava lá alguém.
- Jean... - murmurei.

Os bombeiros foram a alta velocidade para o hospital mas mesmo assim nao chegaram primeiro que klaus ao hospital - nao me deixes sozinha - pedi quando o vi. estiquei a mao para ele enquanto as lagrimas caiam

- os meus bebés, por favor salvem.nos - pedi a medica que me acompanhava. olhei para ela desesperada e depois olhei para klaus a procura de algum conforto
- tem calma querida, vai correr tudo bem com os teus bebés mas vamos ter de te anestesiar porque vamos ter de fazer uma cesariana - disse.me, acariciando a minha
- faça o melhor para os meus bebés - respondi, apertando a mao do klaus - nao deixes que eles sofram por favor - as lagrimas caiam pelas minhas bochechas - amo.te - murmurei quase como um adeus

Estiquei.me para beijar os seus lábios antes de tudo escurecer segundos depois da médica me dar a anestesia.

Angel tinha perdido muito sangue quando chegara a sala do parto, anestesiada e preparados começaram a fazer a cesariana. Dois lindos bebés irrequietos nasceram, uma menina e um menino. os bebés estavam perfeitamente bem, saudáveis mas o mesmo não se podia dizer de Angélique. A rapariga perdera muito sangue o que levara a uma paragem cardiaca devido a falta de sangue. depois de 3 transfusoes e duas reanimaçoes a rapariga foi levada para os cuidados intensivos para recuperar